segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Atividades sócio-culturais

Nossa! Faz tempo que não posto! Exatamente 20 dias =S. Desculpas aos que acompanham mu blog, mas a rotina de estudos do curso de inglês não me permite atualizar com tanta frequência hehehe. Além disso, voltei a mexer na minha Iniciação Científica, então meu tempo "livre" tem sido destinado à minha pesquisa.
Hoje resolvi falar um pouco do que fiz nesse mês como atividade sócio-cultural do curso de inglês.
Todo mês o curso de inglês da UVic tem um calendário de atividades sócio-culturais, algumas sem custo e outras com custo reduzido.
Esse mês assisti a uma ópera, uma apresentação de ballet e fui patinar no gelo (acreditem, tem um fundo cultural... hahaha).

A ópera que assisti foi "Macbeth". Nunca tinha assistido a uma ópera ao vivo e achei bem interessante a experiência. As músicas foram cantadas em italiano mas o teatro tinha uma tela onde passaram as legendas. A linguagem rebuscada e mais antiga foi interessante para conhecer um pouco mais de vocabulário em inglês. Os cantores eram excelentes e atuaram muito bem. Figurino e cenário muito bons, algo bastante interessante foi a mistura de elementos teatrais, como cenários ou figurinos, misturados com elementos tecnológicos; em alguns momentos da peça, imagens foram projetadas no palco, compondo o cenário ou indicando o ato da peça. Já tinha ouvido falar dessa peça, mas não conhecia a história, apesar de trágica é bem interessante.



O ballet que assisti foi "Ballet Off Broadway", pela companhia Ballet Victoria. Esse espetáculo consiste de uma parte de ballet clássico; uma de "Nuage", um estilo com músicas em francês, estilo "Ne me quitte pas"; e para finalizar, ballet de peças da Broadway. Particularmente achei a última parte mais legal e melhor executada. Algumas músicas contaram com cantores ao vivo, e uma delas além do cantor tinha um backing vocal muito bom!

Além das apresentações interessantes que assisti, os teatros daqui são surpreendentes!
A ópera foi no Royal Theatre:











O ballet foi no McPherson Playhouse:




Agora a patinação no gelo! Aqui no Canadá é uma atividade muito comum. No dia que eu fui estava chovendo muito, então a pista estava cheia de gente procurando uma diversão indoor num dia chuvoso. Um dos fatores culturais da patinação no gelo é devido ao Hockey. Esse esporte é o mais popular do Canadá, como o futebol é no Brasil. Muita gente patina muito bem porque é acostumada aos ringues de patinação desde bem pequena. Vi vários pais levando crianças para patinar pela primeira vez, e é muito interessante. A maioria das crianças se divertia bastante aprendendo, fosse com as quedas ou com os progressos. Cada vez que a criança caía, o pai pacientemente a ajudava a se levantar e dava instruções de como a criança deveria fazer. Eu, como não cresci no Canadá, fiquei praticamente o tempo todo colada nas bordas do ringue hahaha. Mas foi bastante divertido... E muito legal ver os pais ensinando crianças bem pequenas (3 ou 4 anos) a andar de patins no gelo.



Bom, esse foi um pouquinho do meu outubro. Assim que conseguir, coloco mais algumas coisas interessantes que tenho conhecido e aprendido aqui... =)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

50th UVic Anniversary

Esse final de semana (sexta e sábado) a University of Victoria comemorou deu 50º aniversário, e a programação foi muito interessante.

Na sexta-feira aconteceram uns shows no "telhado" do Student Union Building (SUB) e distribuíram alguns souveniers e cup cake:




No sábado, várias programações simultâneas aconteceram. Muitos departamentos da universidade abriram as portas para os visitantes conhecerem o que eles tem produzido, e claro que eu fui no Department of Psychology. A proposta deles era uma exposição sobre o cérebro. No horário que eu fui estava disponível a exposição de um projeto do Centre for Autism Research Technology & Education (CARTE). O projeto é utilizar jogos desenvolvidos por vários departamentos (Psicologia, Computação, Música...) para ajudar crianças com autismo a reconhecerem diferenças entre as expressões faciais das emoções. Um deles é como um Pacman que funciona de acordo com a expressão do jogador; para capturar algum bonequinho a criança tem que expressar a mesma emoção que ele. A expressão é filmada por uma webcam e quando a criança atinge a expressão mais próxima da que foi proposta, ele captura o bonequinho e continua o jogo. Em outro jogo, uma das atividades é memorizar a face de pessoas. Uma pessoa aparece e em seguida a criança tem que escolher entre 3 rostos qual apareceu anteriormente. Conforme a dificuldade vai aumentando, um rosto aparece para a criança memorizar e ela tem que encontrá-lo depois entre 3 rostos, mas a pessoa está com uma expressão diferente da foto anterior.
Para quem tiver interesse, o site do CARTE é: http://web.uvic.ca/~carte

Em outra sala, estavam expostos o Eletroencefalograma (EEG) wireless e um joguinho de realidade virtual. O jogo de realidade virtual é formado por vários cenários diferentes (campo aberto, uma casa de pedra escura, água, escadas...) e o objetivo é mapear as diferentes áreas do cérebro utilizadas em cada diferente situação. Com o EEG wireless é possível movimentar uma caixa virtual apenas pensando no movimento que você deve fazer (empurrar, puxar, levantar...). Esse equipamento está sendo desenvolvido para ajudar pessoas com deficiências.


Outras pesquisas seriam expostas durante o dia, mas não pude visitá-las. Achei interessantíssima essa proposta de apresentar à comunidade o que a universidade está produzindo, e de forma interativa. As explicações dos pesquisadores foram simples e os visitantes podiam participar dos jogos.

O aniversário da UVic foi um evento que pareceu mobilizar não somente estudantes, mas diferentes pessoas. No sábado aconteceram mais algum shows e teve um churrasco (canadense, bem diferente d nosso hehehe), estavam presentes várias famílias que incluíam desde crianças até idosos. Foi interessante ver  que os departamentos da universidade e as tendas da festa ofereciam atividades específicas para as crianças, uma forma de aproximá-las do conhecimento científico.

Enfim, as comemorações me surpreenderam. As atividades realizadas e o envolvimento da comunidade participando das comemorações são referenciais que o Brasil deveria adotar.